Melhorar a acessibilidade e investir em espaços de lazer são algumas alternativas

O aumento do número de idosos na população brasileira é uma boa notícia. Significa que a expectativa de vida do país cresceu. Mas é preciso se preparar para atender a este grupo com necessidades próprias e muita sabedoria. O assunto é tão importante que vem sendo debatido com mais atenção nos condomínios residenciais.

O primeiro passo para qualidade de vida dos moradores com mais de 60 anos é facilitar o acesso em todas as áreas do condomínio. “As edificações mais novas, por lei, já devem atender às normas de acessibilidade. Mas é importante que as mais antigas se adequem com rampas, corrimãos e retirem ressaltos do caminho.

Todo o condomínio deve ser acessível, senão, o idoso acaba excluído”, orienta o presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Administradoras de Condomínios do Espírito Santo (Sipces), Cyro Bach Monteiro.

Outra medida que está se tornando comum no Estado é a qualificação do porteiro para atender melhor aos moradores e visitantes da terceira idade. “Os funcionários devem ser muito bem orientados para cuidar dessa população. O idoso é um pouco mais sensível, deve ser tratado com carinho e muito respeito, além de, em alguns casos, precisar de ajuda em algumas atividades, como carregar compras de supermercado”, informa o presidente do sindicato.

A diretora da administradora Realiza, Kenya Moreira Soares, afirma que condomínios com muitos moradores idosos podem ir além. “É muito importante incentivar a convivência, já que eles possuem um tempo ocioso. Algumas ações que têm dado certo em prédios com estas características são: investir em atividade específica como dança, ginástica e artesanato contratando um professor, otimizar um espaço dentro do condomínio para que eles possam sentar e conversar e incentivá-los a participar com sugestões nas reuniões”.

Para que os condôminos com mais de 60 anos aproveitem melhor a infraestrutura das áreas comuns, às vezes, é necessário fazer modificações.

“Muitas piscinas são inacessíveis para idosos e pessoas com deficiência. Em alguns casos, basta enchê-las um pouco mais para facilitar a entrada. Em outros, é necessário adaptar a escada, substituir a de alumínio por alvenaria. Mexer em vagas é complicado, porque cada um tem a sua, mas vale separar um espaço para retirar volumes do carro mais próximo ao elevador. Outra ação interessante é investir em uma academia para idosos. A manutenção é mais barata, porque os aparelhos são mais simples”, finaliza.

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